sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO

(Por: Eduardo Rohrs)

Para falarmos sobre atividade física na gestação, inicialmente devemos compreender um pouco a respeito do desenvolvimento embrionário, isto é, estudar a respeito da embriologia.
Como o próprio nome diz, embriologia, é o ramo da biologia que estuda o desenvolvimento embrionário.
Este ramo da biologia é subdividido em quatro etapas:

1ª Etapa – Fecundação ou Fertilização:

É a etapa em que ocorre a penetração do espermatozoide no ovócito II ou ovócito secundário.
Ovócitos são células germinativas femininas ou células sexuais produzidas nos ovários. Resultam de um processo fisiológico denominado ovogênese, durante este processo formam-se dois tipos de ovócitos:
Ovócito I ou Ovócito primário à Ocorre ainda durante a vida intra-uterina (célula diplóide);
Ovócito II ou Ovócito secundário à Célula formada a partir da meiose I (divisão I da meiose) de um ovócito I, durante a fase de maturação da ovogênese (célula haplóide).
Após a penetração do espermatozoide no ovócito II, este por sua vez, passa a ser chamado de Óvulo.
A penetração de apenas um espermatozoide no óvulo chama-se monospermia, já a penetração de mais de um espermatozóide no óvulo chama-se poliespermia. Caso haja o processo denominado de poliespermia, apenas o primeiro espermatozóide irá fecundar o óvulo.
Após a penetração do espermatozoide no óvulo, ocorre a união do pró-núcleo masculino (núcleo do espermatozoide) com o pró-núcleo feminino (núcleo do óvulo). Essa união pode ser denominada de anfimixia ou cariogamia ou singamia.
Habitualmente essa união ocorre no primeiro terço externo das Tubas Uterinas (Trompas de Falópio).

2ª Etapa – Clivagem ou Segmentação:

É o processo específico de divisão celular equacional (mitose). A célula-ovo (zigoto) sofre sucessivas divisões originando células menores chamadas blastômeros.
Os mamíferos possuem a segmentação do tipo holoblástica igual, ou seja, as células são do mesmo tamanho e o zigoto se divide completamente.
Após três dias a fertilização é formada a mórula, por um processo conhecido como morulação (Morulação = Zigoto è Mórula). A mórula é o primeiro estado de desenvolvimento do embrião, depois do zigoto começar a dividir-se para formar uma esfera com 64 células, ou blastômeros.
O zigoto com 12 a 16 blastômeros já pode ser chamado de mórula. A mórula leva de 3 a 7 dias para sair das tubas uterinas e chegarem ao útero através dos movimentos ciliares e peristálticos das tubas. Um dia após a chegada da mórula ao útero ela transforma-se em blástula.

3ª Etapa – Gastrulação:

É a transformação da blástula em gástrula. Ocorre alteração no volume, aumento do volume total do “ovo”, formação dos folhetos embrionários (ectoderma, endoderma e mesoderma), formação do arquêntero ou intestino primitivo e formação do blastóporo (dará origem ao ânus).
É na gastrulação que começa o processo de diferenciação celular e é também onde as células vão adquirindo posições e funções biológicas específicas.

4ª Etapa – Organogênese:

É a fase em que ocorre a diferenciação dos folhetos em órgãos.
Inicia-se com a neurulação (formação do tubo neural a partir da ectoderme), formação da notocorda (estrutura de sustentação, que será substituída pela coluna vertebal) e formação do celoma, delimitado pela mesoderme.


Sendo assim, após conhecermos os principais processos de formação do embrião, para darmos início as atividades físicas para gestantes, devemos também ter em mente algumas alterações que ocorrem no organismo materno.

Modificações no Organismo Materno

Algumas mudanças iniciam-se desde o momento da fecundação e se estendem por todo o período gestacional até o término da lactação. São ajustes fisiológicos e anatômicos.
As principais alterações sistêmicas são:
  • Alongamentos das fibras musculares;
  • Aumento do abdômen;
  • Aumento da caixa toráxica;
  • Pressão pélvica;
  • Elevação do volume sanguíneo total em cerca de 40 a 50%, como decorrência do aumento tanto do volume plasmático quanto da massa total de eritrócitos e leucócitos na circulação.
  • Hemodiluição / Anemia fisiológica. Do ponto de vista fisiológico, a anemia poderia ser definida como um estado de deficiência de hemoglobina no sangue circulante para o transporte do oxigênio requerido para a atividade fisiológica de um indivíduo (no caso, da gravidez).
  • O débito cardíaco se eleva a partir da 12ª semana de gestação, com pico entre a 28ª e a 32ª semana. Aproximadamente 30 a 50% acima dos valores em mulheres não gestantes (geralmente de 4500 para 6000 ml/min em repouso);
  • Elevação da frequência cardíaca materna. De 10 a 15 bpm acima dos valores em mulheres não gestantes (geralmente de 70 para 85 bpm em repouso).
  • Aumento no volume sistólico. Em média de 60-70 ml para 85-90 ml por batimento cardíaco.
  • Aumento do consumo de oxigênio. Em média de 14%.
  • Redução da resistência periférica;
  • Redução da Pressão Arterial Sistólica. Em média de 3 a 5 mmHg.
  • Redução da Pressão Arterial Diastólica. Em média de 5 a 10 mmHg.
  • Alterações urogenitais.
No primeiro trimestre de gestação o útero acentua seu crescimento, devido à hipertrofia das células musculares lisas, ao aumento da quantidade de tecido elástico, além do aumento do número e tamanho dos vasos sanguíneos.
Aproximadamente na segunda metade do período gestacional, o crescimento do volume uterino se mantém, porém as paredes miometriais se tornam mais finas. É comum nesta fase contrações indolores e de baixa intensidade (Contrações de Braxiton Hicks), refletem o crescimento e a vascularização do útero.
Os ligamentos uterinos tornam-se alongados e hipertrofiados, protegendo o feto de bactérias e traumas mecânicos, estabilizando o útero.
As alterações das mamas são quase sempre os sinais mais precoces da gravidez;
  • Aumento da sensibilidade;
  • Aumento do volume (a partir da 8ª semana)
  • Aumento do suprimento sanguíneo.
  • A aréola escurece e forma pequenas pápulas palpáveis que consistem na hipertrofia das glândulas sebáceas;
  • Após a 10ª semana o colostro (percursor do leite materno humano) já está presente e pode ser expelido se a mãe realizar uma compressão suave na mama.
Além destas modificações no organismo materno, também ocorrem modificações posturais, essas por sua vez possuem enorme importância, para muitas das queixas de dores musculares das futuras mamães.
Uma das principais causas responsáveis pelas alterações posturais são as alterações hormonais, estas afetam particularmente o sistema musculoesquelético, que sofrem embebição gravídica (aumento fisiológico do volume de líquidos dentro dos tecidos).
Um dos mais conhecidos é o hormônio relaxina, que atua sobre músculos e ligamentos, favorecendo um amolecimento de cartilagens e relaxamento muscular global.
As alterações posturais na gestação decorrem geralmente da anteriorização do centro de gravidade, devido ao aumento do peso corporal, em especial na região anterior (aumento do volume do útero e das mamas).
Na gestação há o aumento da lordose lombar, com sobrecarga da musculatura dorsal. Algumas mulheres realizam uma compensação, com o aumento da cifose torácica e anteriorização da cabeça. Outra compensação para melhorar o equilíbrio da gestante é a ampliação da base de apoio dos pés durante a deambulação ou mesmo na postura ortostática.


Sabendo das principais mudanças que ocorrem com as gestantes e tendo a liberação médica para a prática da atividade física, as gestantes não só podem, como devem praticar atividades físicas, porém sempre bem orientadas por um profissional capacitado da área.
Assim podemos listar algumas atividades físicas que podem e que não podem ser praticadas por gestantes.

Exercícios recomendados:

São recomendados exercícios aeróbicos como a caminhada (evitar subidas e descidas muito íngremes), ciclismo (ergométrico) são ótimos para melhorar a circulação sangüínea e contribuem para a diminuição de riscos de problemas cardíacos.
A prática da musculação é bem recomendada para a gestante, o treinamento com pesos pode favorecer o fortalecimento muscular fazendo com que a grávida suporte melhor seu peso, melhore o centro de gravidade, tenha facilidade em realizar tarefas do dia a dia, melhore a postura e principalmente favorece a diminuição de lombalgias.

Atividades desfavoráveis:

Qualquer exercício físico de alto impacto ou esportes de contato físico e risco de trauma devem ser desaconselhados. Corrida, artes marciais, esportes coletivos e competitivos são ótimos exemplos que devem ser evitados.

A seguir, segue um vídeo de uma aluna gestante com um período de 20 semanas de gestação, praticando treinamento resistido (musculação).



Segundo esta aluna, o treinamento com pesos tem sido bastante gratificante.
Seu peso está aumentando apenas devido ao desenvolvimento do embrião, sua massa gorda não aumentou em momento algum, seu índice de massa corporal está dentro dos padrões determinados, considerado como normal, não houve retenção hídrica nos membros inferiores, não existem queixas de indisposição física nem mesmo de dores musculares, ao contrário, a prática regular da atividade física vem motivando-a e deixando-a cada vez mais disposta para o seu dia a dia.
Vale ressaltar também, que ela é acompanhada por uma nutricionista e uma obstetra que lhe avaliam em determinados intervalos de tempo.


Referências

Berek, J. S.; Adashi, E. Y.; Hillard, P. A. Tratado de ginecologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

Carvalho, G.M. Enfermagem em ginecologia. São Paulo: EPU, 1996.

Guyton, A.C.; Hall, J.E. Tratado De Fisiologia Médica. 10. Ed. Rj . Guanabara Koogan, 2002

Halbe, Hans W. Tratado de ginecologia. 3.Ed. Vol. 1 e 2. São Paulo: Roca, 2000.

Lurie, S.; Mamet, Y.; Red blood cell survival and kinetics during pregnancy. Eur J obstet Gynecol Reprod Biol; 93 (2):185-192;  2000.

Martins, J.A.P. Manual de obstetrícia. v. 1. cap. 5, p. 99-127: Modificações do organismo materno. São Paulo: EPU, 1982.

Mesquita, L.A; Machado, A.V; Andrade, A.V. Fisioterapia para redução da diástase dos músculos retos abdominais no pós-parto. Rev Bras Ginecol Obstet; 21(5):267-72. 1999.

OMS - Organizacion Mundial de la Salud. Anemia nutricionales. (Serie de Informes técnicos nº 405). Ginebra. 1968.

Polden, Margaret. Mantle, Jill. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetríca. Edtora Santos. 2000.

Resende, J. Obstetrícia. 7ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan. 1998.

Souza, A.I.; Filho, M.B.; Ferreira, L.O.C. Alterações hematológicas e gravidez. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. São Paulo, v. 24, n. 1, p. 29-36, mar, 2002.

Sperandio, F; Santos, G; Pereira, F. Características e diferenças da dor sacroilíaca e lombar durante a gestação em mulheres primigestas e multigestas. Fisioterapia Brasil, São  Paulo, v.5, n.4, p.267 - 271, jul/ago. 2004.

Stephenson, R. G.; O`Connor. J. Fisioterapia Aplicada à Ginecologia e Obstetrícia. 2ª ed. Manole. 2004.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Curso de Biomecânica Aplica à Academias!





Objetivo:
Desenvolver análise crítica dos profissionais ou estudantes de Educação Física, para uma melhor compreensão da escolha dos exercícios de musculação e suas principais diferenças, aperfeiçoando o trabalho dos profissionais e estudantes para um melhor direcionamento dos exercícios para determinado público alvo. 

Conteúdos:
  • Conceitos básicos em biomecânica;
  • Cadeias Cinéticas;
  • Posição Anatômica;
  • Planos Anatômicos;
  • Alavancas;
  • Análise biomecânica do trinamento resistido;
  • Pesos-livres X Máquinas;
  • Tecido Muscular;
  • Contração Muscular;
  • Análise e comparação entre exercícios na musculação;
  • Análise mecânica das máquinas - Roldanas Simétricas e Assimétricas.
     ...

    Carga horária:
    20 horas

    Palestrante:
    Eduardo Bittencourt Rohrs
    Especialista em Musculação e Personal Trainer pela Universidade Veiga de Almeida
    Graduado pela Faculdade Social (Educação Física – licenciatura plena)

    Local:
    Opus Gym Academia
    Rua São Paulo, 692 - Pituba
    (Rua sem saída atrás do Habib`s)

    Data:
    05/11/2011 das 8:00 às 18:00
    06/11/2011 das 8:00 às 18:00

    Inscrições:
    Para se inscrever no curso basta preencher a ficha de inscrição e enviá-la para o e-mail: professoreduardo@globo.com
    Após o recebimento da ficha de inscrição, serão encaminhados dados para o depósito bancário. 
    Para confirmação da matrícula no curso, o inscrito deverá enviar o comprovante de pagamento para o referido e-mail.

    Vagas Limitadas

    Valor da inscrição:
    R$ 90,00

    Maiores informações:

    segunda-feira, 8 de agosto de 2011

    Dieta dos momentos: o que comer quando você leva um fora do namorado, depois da ginástica, antes de ir para a balada...

    Por Carla Gullo


    O que comer... depois de fazer exercícios

    (Cereais + morangos + semente de abóbora)

    Ao chegar da academia, fique longe de alimentos que contenham açúcar. Prefira carboidratos complexos (como os integrais e os cereais) com alguma proteína, como a do leite, para não elevar o seu índice glicêmico. Isso porque, quando você se exercita, o corpo “queima” glicose e os cereais ajudam a repô-la. Você também libera muitos oxidantes por causa do excesso de oxigênio – e as frutas, especialmente o morango, são antioxidantes, que ajudam a recuperar os músculos. Coma também um pouco de sementes de abóbora, que contêm magnésio e melhora o condicionamento muscular. Se você treina a noite, o jantar ideal é um frango assado com vegetais verdes e arroz integral. Esses alimentos são ricos em magnésio e, junto com a proteína do frango, ajudam a reparar os músculos.



    O que comer... depois de levar um fora do namorado

    (Peixe grelhado + batata doce + suco de frutas + chocolate amargo)

    Para reparar um coração partido, os nutricionistas recomendam alimentos ricos num aminoácido chamado triptofano. Encontrado nas proteínas como a do peixe, esse nutriente ajuda o cérebro a produzir serotonina, o neurotransmissor do bem-estar. Há também alimentos que acalmam e induzem ao sono – como a batata doce. Por isso, junto com o peixe, coma algumas assadas ou na forma de purê. Suco de frutas ou de clorofila ajuda a fortalecer o sistema nervoso. Termine a refeição com alguns pedaços de chocolate amargo. Pesquisadores suíços mostraram que o chocolate pode melhorar o humor e elevar os níveis de serotonina.



    O que comer... se você tem dias muito estressantes

    (Atum + feijão + nozes + chá verde)

    Sua agenda não para e o dia ainda parece que não terá fim. Tente aumentar a proteína na hora do almoço. Comer atum e feijão – mesmo que seja branco, na salada, pode ajudar a manter sua disposição. O peixe é rico em ômega 3, o que melhora as funções cerebrais, e também contém o aminoácido tirosina, que reduz os níveis de stress. O feijão, por sua vez, tem fibra e ferro, o que ajuda a diminuir a pressão sanguínea e a elevar os níveis de energia. E ao longo do dia, coma nozes e castanhas, que contêm magnésio e ômega 3, que vai manter você mais alerta e satisfeito. Por fim, esquente o dia com chá verde, que tem nutrientes que também melhoram a concentração e o humor.



    O que comer... antes de ir para a balada

    (Sopa de abóbora + pão folha + chá de hortelã)

    Vá além da maquiagem e da roupa. Uma refeição certa deixa você a ficar ainda mais bonita e disposta. A abóbora é rica em betacaroteno, que no corpo se transforma nas vitaminas A, C e também em zinco – todos essenciais para dar brilho à pele. E o pão folha contém vitamina B que controla a ansiedade. Por fim, tome uma xícara de chá de hortelã para diminuir o inchaço e ajudar na digestão. O chá também ajuda o fígado a metabolizar o álcool, o que ameniza a ressaca do dia seguinte.

      

    segunda-feira, 20 de junho de 2011

    Dicas para o São João!


    O mês de junho chegou e com ele as delícias das festas juninas e o frio do inverno. Essa combinação pode ser "catastrófica" para a dieta. E agora, como degustar as iguarias típicas da época sem engordar?

    A época das Festas Juninas, é um período de grande fartura de alimentos e de bebidas, principalmente bebidas alcoólicas. Então para vocês que gostam de manter a forma, ai vão algumas dicas!

    O amendoim e os alimentos compostos por ele, como o pé de moleque e a paçoca, são ricos em vitamina C, potássio, magnésio, ferro, cálcio, zinco e fibras. Por serem muito calóricos, devem ser consumidos com moderação por quem não deseja engordar. São muito ricos em lipídeos (gorduras).

    A batata-doce é um carboidrato e, como todo carboidrato, fornece energia. Além disso, ela é rica em betacaroteno, auxiliando na prevenção de alguns tipos de câncer. A vitamina A é indispensável à vista, conserva a saúde da pele, auxilia no crescimento e evita infecções. As vitaminas do Complexo B (B1 e B5) evitam problemas de pele e ajudam na regularização do sistema nervoso e do aparelho digestivo. Os minerais, por sua vez, contribuem para a formação dos ossos, dentes e sangue.

    O pinhão é uma semente rica em proteínas, minerais, vitaminas, ácidos graxos essenciais, cálcio e magnésio, auxiliando no aumento de anticorpos no organismo, deixando-nos menos susceptíveis a doenças.

    O arroz-doce também é um carboidrato com alto valor energético, deve ser consumido moderadamente, e os diabéticos devem consumir somente os que são feitos com adoçantes.

    O milho e os alimentos derivados dele, como a canjica, o bolo de fubá e a pipoca, têm alto teor de vitaminas, A, C, folato, tiamina, potássio, ferro e fibras, além de ter atividade anticancerígena e antiviral. O milho apresenta função energética, por ser um alimento fonte de carboidrato.

    Abaixo segue uma tabela com alguns produtos típicos das Festas Juninas.



    Devemos também estar atentos ao consumo de bebidas alcoólicas, elas também podem contribuir bastante para o consumo exacerbado de calorias.

    Saborear um drinque de vez em quando, tem sim, benefícios, como diminuir as chances de uma doença cardíaca. Porém, o álcool contém muitas calorias, mesmo em pequenas doses, e também contribui para o aumento de apetite. Diferentemente das calorias de gorduras, carboidratos e proteínas, as encontradas no álcool não podem ser armazenadas no organismo, então elas têm de ser usadas imediatamente. Como resultado, seu corpo para de queimar gordura até que o álcool seja todo processado, o que leva, geralmente, 1 hora para cada drinque consumido. Ainda vale lembrar, que uma latinha de cerveja (350 ml) contém cerca de 147 Kcal, uma tulipa de chope (300 ml) contém aproximadamente 180 Kcal e uma caipirinha (200 ml) contém por volta de 350 Kcal.

    Porém, o intuito desta publicação não é assustar vocês, para que neste São João não consumam, e nem bebam nada, mas para alertá-los de alguns riscos calóricos, principalmente na mistura das bebidas alcoólicas com as comidas de alto indice calórico, as festas juninas devem ser comemoradas com cautela, principalmente no que tangencia a respeito das bebidas alcoólicas, pois além dos danos nutricionais, estas podem causar danos psicológicos e até mesmo danos físicos. Por isto, neste São João vamos tomar conta de nós mesmos!



    sábado, 14 de maio de 2011

    Síndrome do Bumbum Sarado (Síndrome de Piriforme)


    Por: Bianca Trentine

    As lesões esportivas são comuns e específicas de acordo com a natureza do esporte. A corrida por exemplo, o toque repetido do pé no solo transfere as forças mecânicas dos membros inferiores até a coluna. E se algo não está harmônico neste “caminho das forças”, as lesões podem aparecer com mais freqüência.

    Quando falamos em lesões pensamos logo nas que são causadas pelo esporte ou atividade física. Porém, também existem lesões que são decorrentes de nossas atividades do dia-a-dia ou pela junção de maus hábitos posturais e esporte.

    É o caso da Síndrome do Piriforme, que é uma patologia que pode acontecer por associação de fatores presentes no nosso dia-a-dia e também na prática esportiva.

    Mulheres que exercitam excessivamente os glúteos em busca de um bumbum perfeito estão mais sujeitas a apresentar esta patologia que é “pouco comum, mas que tem uma incidência aumentada em mulheres entre 20 e 50 anos que malham com muita intensidade os músculos da região das nádegas e coxas”, segundo o Dr. Ricon Jr, diretor do Centro Ortopédico de Ipanema, especialista em quadril.

    A Síndrome do Piriforme é o resultado do encarceramento do nervo isquiático, ou ciático, como é mais conhecido, pelo músculo piriforme, na sua saída da pelve para a região glútea. “O piriforme é um músculo em forma de pêra que se situa na região do quadril. Quando cresce muito, ou seja, é hipertrofiado, o piriforme comprime e inflama o nervo ciático, o que provoca muitas dores e complicações. Em academias, deve haver muitas mulheres que sofrem da doença sem saber. Elas só se dão conta quando o problema se agrava”, diz Ricon.


    Para conquistar um contorno bem-acabado, muitas brasileiras fazem o possível, e mais um pouco: fortunas em cremes milagrosos, dolorosas injeções, massagens das mais intermináveis opções – sem contar as toneladas de peso erguidas nas academias numa coleção de posições um tanto quanto “desconfortáveis” e para algumas mulheres até constrangedoras. Mesmo orientando e chamando a atenção sobre o exagero nos exercícios, sempre tem aluna que desobedece, principalmente se tratando do glúteos.


    Na verdade, livrar-se do acúmulo de gordura no bumbum não é nada fácil, e empiná-lo de uma hora para outra é impossível. Essa parte do corpo é a segunda maior vítima da lei da gravidade na anatomia feminina, precedida apenas pelos seios – sendo que esses levam a vantagem de poder ser corrigidos por sutiãs turbinados ou, mais drasticamente, pela cirurgia plástica. Já o implante de silicone nos glúteos, recurso mais comum, tem um pós-operatório dolorido e não funciona bem na maioria das pacientes. Restam a musculação e a ginástica localizada, ambas exercitadas em posições não naturais, justamente porque têm de trabalhar uma musculatura pouco solicitada no dia-a-dia. Se bem-feitas, funcionam, mas o risco de lesões é alto.


    Mas não vá achando que é uma patologia só de mulheres que treinam o glúteos pesado, veja outras situações que podem causar a Síndrome do Piriforme.

    1. Muitos ciclistas (isso inclui os praticantes de spinning), triatletas e corredores apresentam esse tipo de patologia porque o Músculo Piriforme encontra-se encurtado levando a uma compressão do nervo. A posição na bicicleta e o tipo de corrida (ex.: treinos de subida) são alguns dos fatores.

    1. Também pode ser causada por trauma no local (cair sentado, por exemplo), hiperlordose (nas grávidas principalmente), e hábitos posturais não saudáveis (como ficar muito tempo sentado e dormir em posição fetal). Manter a postura sentada por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa (como ao dirigir) diminui o aporte sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos a ele também) e provoca encurtamento muscular, a falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida fique ainda mais tensa e piore os sintomas.

    1. No caso de pronação excessiva, o membro inferior sofre uma rotação excessiva, o que sobrecarrega a tíbia, joelho, quadril e coluna. Por isso é importante a utilização de calçados adequados para o tipo de pisada.

    1. Quem anda e principalmente corre com a ponta do pé muito aberta, para fora (tipo dez para as duas) tem mais chances de inflamar o piriforme, pois fica o tempo todo estimulando o músculo na sua função, que é rodar a coxa para fora juntamente com o pé quando o joelho está esticado.

    1. O aumento rápido na intensidade ou duração dos treinos pode contribuir para o aparecimento da síndrome por sobrecarga do piriforme. Traumas diretos podem provocar edema na região do piriforme ou causar uma tensão e conseqüente compressão e irritação do nervo ciático.

    1. Um desequilíbrio muscular entre os rotadores internos e externos do quadril, como no caso de rotadores externos mais fortes que os internos, contribuem para encurtar o piriforme, além de desequilíbrios da pelve. Os distúrbios na biomecânica dos membros inferiores e coluna, incluindo distúrbios na marcha, vícios (maus hábitos) e alterações posturais também podem causar a síndrome.

    A “Síndrome do Bumbum Sarado” ainda é muito mal diagnosticada e sua prevalência, de acordo com o ortopedista Ricon Jr., deve estar subestimada. “Muitas pessoas e mesmo médicos confundem a Síndrome do Piriforme com outros problemas do quadril”, afirma. O diagnóstico deve ser feito por intermédio de exames clínicos, associados, dependendo do caso, a exames complementares como ressonância magnética, ultra-sonografia, radiografia e eletroneuromiografia. A doença costuma ser confundida com bursite, lombalgia, tendinite dos flexores da coxa e ciatalgia.

    Estudos americanos mostram que 2,5% das lesões relatadas por praticantes de esportes são na região dos quadris. Em atletas, o número pode subir para 9%. Algumas são leves e de fácil recuperação. Em outras, a cura pode demorar meses, como na síndrome do piriforme. Nas academias, recomenda-se não abusar das repetições e alongar os glúteos antes e depois das atividades.

    Por mais atraente que seja a perspectiva de um bumbum em forma, exagerar na carga pode render semanas sem exercício algum.

    Segundo Ricon, os sinais clínicos mais comuns da Síndrome são: dores nas nádegas próximas ao fêmur quando caminha e se interrompe a caminhada de repente; dores provocadas por movimentos simples como se levantar e se sentar; dores ao se esticarem as pernas na posição deitada; dores ao se praticar uma atividade física mais intensa; e atrofia glútea, dependendo da duração dos sintomas. “As dores podem aumentar até chegar ao ponto de incomodarem durante o sono, mesmo com a pessoa deitada, em repouso”.

    Como tratar:

    O tratamento da Síndrome do Piriforme inclui analgésicos, antiinflamatórios, injeção local de anestésicos e corticóides, injeção de botox, massagem transretal, acupuntura (que tem como principio aumentar as endorfinas fisiológicas do nosso corpo para que possamos tolerar um nível maior de dor), aparelhos como ultra-som e TENS para o alívio da dor e formigamento/dormência e para remover metabólitos e tecido cicatricial (evita fibrose), além de acelerar a resolução da lesão.

    A aplicação de gelo deverá ser feita para diminuir a dor, pois o gelo tem efeito analgésico e antiinflamatório. Pode ser feito da seguinte forma: coloque várias pedras de gelo num saco plástico e amarre. Coloque este saco dentro de um tecido fino e úmido e coloque na região glútea, mantendo por 20 minutos. Repetir 3 vezes por dia e não tomar banho logo após a aplicação, para não interromper o efeito do gelo.

    Os exercícios devem ser iniciados assim que houver algum alívio da dor, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente. Os alongamentos devem ser feitos no início de forma leve e os fortalecimentos devem ser introduzidos gradualmente.

    Todos os músculos envolvidos, além do piriforme, devem ser alongados e fortalecidos para que funcionem em harmonia sem causar nenhum transtorno ao atleta no futuro.


    Veja algumas dicas de prevenção

    Pratique suas atividades com moderação, tudo em excesso vai te prejudicar de alguma forma. Seu corpo tem um limite e ele deve ser respeitado. Sobrecarga correta, recuperação correta, alimentação correta. Tudo sob controle, isso é o ideal para tudo e para todos.

    • Não exagere na carga de exercícios para os glúteos.

    • Alongue os glúteos freqüentemente.

    • Mulheres que não têm os glúteos e nádegas naturalmente desenvolvidas estão mais propensas, pois irão aumentar muito de volume a musculatura podendo levar à compressão do nervo ciático.

    • Nos exercícios com quatro apoios, contraia o abdômen e não force a coluna ao elevar a perna.

    • Ficar sentada o dia inteiro e malhar muito aumenta as chances de se desenvolver a Síndrome.

    • As próteses de silicone podem teoricamente facilitar o aparecimento da Síndrome, pois são colocadas por sob os glúteos.

    • Fique atenta caso sofra uma queda sentada sobre a nádega que deixe um hematoma na região glútea. Este deve ser muito bem cuidado para não deixar seqüelas, pois pode levar à Síndrome do Piriforme.

    • Procure um especialista em quadril em caso de dor que persista por mais de três semanas.


    Publicado em: 20/04/2010
    Fonte: www.corpoemfoco.com.br

    quarta-feira, 11 de maio de 2011

    Os perigos vistos e sentidos em cima de um Salto Alto e algumas dicas para sua utilização!


    O salto alto é um artigo indispensável no guarda-roupas feminino. É como uma regra escondida no reino da moda. A palavra chave é moda e não necessariamente a função. As mulheres suportam o desconforto (ou seja, a falta de função) para colher os benefícios da aparência (moda, por exemplo). Os efeitos nocivos dos saltos altos são constantemente verificados por cirurgiões ortopédicos e fisioterapeutas. O consenso geral é que existem perigos que estão associados ao uso de sapatos de salto alto. Felizmente, existem maneiras de evitar certos perigos e consequências advindos de sua utilização.

    O salto alto teria sido criado durante o reinado de Luís XIV, que cuidava para que sua imagem pessoal refletisse poder em todos os detalhes. O salto alto foi criado para realçar as pernas do rei e deixá-las mais delgadas, o estilista da corte desenhou sapatos com uma elevação nos calcanhares. Estava inventado o salto alto!

    Sem dúvida o salto alto tem suas vantagens em termos de moda. O próprio fato deles poderem aumentar a atratividade de uma mulher. O salto alto pode aparenta-la ter:

    • panturrilhas ("batatas" das pernas) mais firmes e pronunciadas
    • músculos das pernas mais definidos;
    • as pernas mais longas;
    • glúteos com aparência mais arredondada e mais pronunciados;
    • pés que pareçam menores;
    • mais altura;
    • andar sedutor;
    • postura mais ereta e esguia.

    Quanto mais alto o salto, maior serão essas vantagens, mas ao mesmo tempo os riscos vão aumentar.


    De acordo com os últimos estudos realizados pela ciência, a mulher que usa rotineiramente calçado de salto alto – como os da maioria das coleções mais desejadas – pode pagar um preço alto demais.

    Uma das pesquisas a confirmar isso foi publicada no “Journal of Experimental Biology” e conduzida por Marco Narici, da Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, e Robert Csapo, da Universidade de Viena, na Áustria, o trabalho mostrou que a utilização por período prolongado de salto alto provoca modificações em músculos e tendões. Após analisarem as estruturas ósseas e musculares de 11 mulheres que relataram usar salto de pelo menos cinco centímetros durante dois anos ou mais, cinco dias da semana, os pesquisadores verificaram um encurtamento das fibras dos músculos da panturrilha. “Elas eram 13% menores do que as das mulheres que não usam esse tipo de sapato”. Além disso, eles observaram que os chamados tendões de Aquiles, que conectam o osso do calcanhar ao músculo da panturrilha, estavam maiores do que o normal.

    Ao longo do tempo, os saltos muito altos mudam a conformação dos pés, porque alteram a maneira como as mulheres pisam. Ao se equilibrar, a concentração do peso fica restrita aos dedos. Há, ainda, dificuldade na flexão da planta do pé – o que prejudica a circulação e potencializa a tendência a varizes. Além disso, o salto altera a musculatura da perna, tornando os músculos mais curtos na parte posterior e mais longos na parte anterior. Muita gente já deve ter ouvido queixas de mulheres que afirmam que usam sempre salto alto e não sentem desconforto, mas quando trocam o calçado por modelos sem salto ou tênis, sentem dores na panturrilha (também chamada de batata da perna) e nos pés – sinais clássicos do encurtamento do tendão de Aquiles. Dores no joelho, no arco anterior dos pés, joanetes, calos, tendinites, unhas encravadas e danos à coluna, como lordose, são outros problemas ortopédicos causados pelo salto alto.

    O sangue chega às pernas pelas artérias e volta pelas veias, como se fossem duas ruas de mão única, uma vai, outra vem. Esse fenômeno, chamado de retorno venoso, é fundamental na circulação. A origem da maioria das doenças venosas é a sobrecarga ou a desorganização deste circuito, por exemplo, permitindo que a veia funcione como uma rua de mão dupla ou que haja grande volume residual de sangue, comprometendo a função hemodinâmica do sistema venoso, ou seja, o fluxo sanguíneo nas veias.

    O uso do salto alto, segundo dados da pesquisa do médico Wagner Tedeschi Filho, impede que o tornozelo trabalhe em seu ângulo ideal. Isso limita a articulação e leva a um encurtamento do curso de trabalho da panturrilha. “A panturrilha não contraindo de forma ideal acaba por bombear mal o sangue e há uma queda na fração de ejeção de sangue, ou seja, sobra mais sangue na perna, o chamado volume residual venoso. Esse resíduo pode provocar hipertensão venosa nos membros inferiores, dando origem a varizes e outras doenças venosas”, afirma Tedeschi Filho.


    Os Perigos

    Os Pés:

    Quando uma mulher anda de salto, ela basicamente anda na ponta dos pés. A sola do pé, na região bem próxima dos dedos, vai experimentar uma intensa pressão, e esta pressão mais do que duplica com cada centímetro de altura do salto do sapato. As lesões no tornozelo são sempre uma ameaça e o grau das lesões pode se estender de entorses às fraturas. Calosidades e joanetes podem ser formados nos pés devido ao salto alto, especialmente se os sapatos estão apertados, desconfortáveis ou se utilizados por longos períodos.

    Metatarsalgia é uma doença que afeta a sola do pé, logo após os dedos, onde todo o peso está concentrado quando uma mulher está de salto. Dedos em martelo (hammertoes) é uma condição onde os dedos são mantidos para baixo enrolados por causa do confinamento contínuo dos pés nos saltos altos. Os músculos dos pés tornam-se rígidos e incapazes de se esticar e endireitar quando fora dos sapatos.

    As mulheres podem se queixar de dormência, dor aguda e ardor nos dedos e sola do pé quando se usam sapatos de salto alto - todos são sintomas do neuroma de Morton. Neuroma de Morton é a inflamação do tecido que envolve o nervo entre a 3 ª e 4 ª dedo.

    Joelhos:

    O salto alto causa muita pressão sobre os joelhos. A força que faz com que a pressão exercida seja maior do que as forças que os joelhos foram concebidos para receber, pode dar origem a uma condição chamada de osteoartrite (inflamação e desgaste das estruturas da articulação).

    Postura:

    Considere que, quando você se inclina para frente você leva todo o seu peso a ser projetado para a sola de seus pés, logo após os dedos. Você involuntariamente ajusta sua postura para compensar a mudança de seu centro de gravidade. Esta é uma ocorrência semelhante ao uso do salto alto, e vai ser pior, porque os pés estarão em uma posição fixa. Uma mulher vai ter que dobrar para trás mais a espinha na região lombar (extensão do tronco) para manter seu equilíbrio (hiperlordose). Os saltos altos são uma das causas de dor lombar e torácica!

    As Pernas:

    As panturrilhas (batatas das pernas) tendem a manter o estado contraído e encurtado devido aos pés estarem em saltos altos (flexão plantar). Os músculos da panturrilha podem se tornar difíceis ou praticamente impossíveis de corrigir sem intervenção médica e/ou fisioterápica. Uma condição similar pode ocorrer com o tendão de Aquiles, onde ele também pode reter o estado de encurtamento (encurtamento crônico, também conhecido como retração), mesmo quando não está se usando sapatos de salto.


     “O salto alto muda toda a biomecânica do passo”, explica Cibele Réssio, ortopedista da Universidade Federal de São Paulo. Com sapatos de solado plano, o peso do corpo fica distribuído de maneira mais uniforme pela ondulada extensão do pé. Com o salto alto, a pressão vai toda para o hálux, nome científico para o popular dedão. O resultado pode vir em graus diversos. Cansaço, dor e calos são os mais costumeiros e fáceis de enfrentar. Mas há até quem acabe sofrendo de deformidades ósseas, como joanete, ou de problemas na musculatura da coxa e na curvatura lombar. Sem falar nos riscos de queda, lesões dos ligamentos e luxações no tornozelo, provocados pelo equilíbrio precário do andar nas alturas.



    Um estudo da Sociedade Americana de Ortopedia aponta o salto alto como o vilão responsável pelo gasto de cerca de US$ 3 bilhões anuais com cirurgias nos pés.

    Os especialistas, porém, não pretendem fazer com que as mulheres desistam desses modelos – até porque certamente seria uma tarefa fadada ao fracasso. Por isso, preferem orientar. “Elas ficam bonitas e sentem-se bem calçando esses saltos”, afirmou Narici. “Mas podem tomar algumas precauções, como fazer alongamentos na região no final do dia”, aconselhou o pesquisador inglês. Também é possível ter cuidado na hora da escolha do modelo. “Saltos largos são mais indicados”, diz Antonio Egydio de Carvalho Jr., do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

    A importância deste membro que nos agüenta o dia inteiro:

    Segundo o angiologista Luiz Negreiros, do Hospital das Clínicas, os pés têm importância fundamental na circulação de retorno corpórea, pois eles agem como uma esponja e levam o sangue para cima, de volta ao coração. “Os cuidados com os pés são vitais para o bom funcionamento das veias e artérias”, diz o angiologista. Os pés ainda são, de acordo com o especialista, mais propensos a artereopatias (traumatismos), pois ali, uma extremidade do corpo, se concentra um grande número de artérias e veias. “Pessoas diabéticas precisam de muito cuidado no trato dos pés, pois o nível de sensibilidade a cortes e ferimentos é muito baixo. Qualquer tipo de traumatismo no local pode levar a uma isquemia e até a uma necrose”, explica Negreiros.



    O que é unanimidade nesse debate é que dificilmente as mulheres vão abrir mão desse acessório que é símbolo de feminilidade – e não importa o quanto elas saibam a respeito dos efeitos nocivos dos saltos altos para a saúde. O Dr. Fabio Ravaglia - Instituto Ortopedia & Saúde - afirma : "Diante dessa constatação, me resignei e reuni cinco dicas básicas para diminuir esses riscos e minimizar o impacto negativo.

    1. Alternar a altura do salto:
    Se em um dia você usou um salto muito alto, no outro prefira modelos de até quatro centímetros de altura. A prática faz com que a musculatura fique em um estágio intermediário. Pode parecer uma dica de moda, mas o fato é que o mesmo modelo (ou salto) não deve ser usado durante muitos dias para preservar a musculatura e as articulações dos pés e pernas.

    1. Modelos alternativos:
    Compre modelos com o bico e salto quadrado, que oferecem mais estabilidade e conforto. As plataformas – mais indicadas pelos ortopedistas – também são recomendadas porque distribuem melhor o peso por toda a extensão da sola.

    1. Sapatos baixos (tênis) para dirigir e andar a pé:
    Crie um novo hábito. Mantenha no carro um modelo confortável e sem salto – tênis são bons exemplos – para dirigir. As mulheres que utilizam o transporte público, podem adotar o mesmo procedimento. Quando chegar ao trabalho troque pelo modelo de salto alto, como no filme "Uma secretária de futuro" - Working Girl de 1988, aonde a personagem vivida por Melanie Griffith.

    1. Massagear os pés:
    A massagem nos pés, ao final do dia, ajuda a restabelecer a circulação e funciona como uma prevenção a cãibras e dores musculares. Após a massagem, coloque as pernas para cima por alguns minutos.

    1. Alongar a panturrillha:
    Um dos efeitos de saltos muito altos é o processo de encurtamento da panturrilha. Para prevenir esse impacto negativo, transforme o alongamento da panturrilha em um hábito diário. Ao chegar em casa, no final do dia, utilize um degrau para realizar um exercício simples e que ajuda a manter uma boa circulação do sangue no local: coloque metade do pé sobre o degrau e force a outra metade para baixo, com suavidade, sem dor, 2 vezes cada pé, mantendo a posição por 20 segundos. Depois, faça movimentos circulares com os pés, 10 vezes para o lado esquerdo e direito.

    Algumas dicas de presente para vocês:

    Escolha o conforto, em vez de estilo ou moda. Isso deve ser regra de seleção de sapatos. Prefira os sapatos pela forma como eles se encaixam, não pelo tamanho marcado na caixa, tamanhos de calçados variam pelo tipo e estilo;

    O tamanho do pé aumenta com a idade;

    Escolha os sapatos pelo seu pé maior, a maioria das pessoas têm um pé maior que o outro;

    Evite os de bico fino ou afilado;

    Compre-os no  final do dia, quando seus pés estão mais "inchados";

    Sempre experimente ambos os sapatos e dê alguns passos para se certificar que eles são confortáveis;

    Quando calçá-los, mexa os dedos para garantir que podem mover-se;

    Tenha em mente este princípio fundamental: o sapato deve se adaptar à forma do seu pé. Seus pés nunca devem se adaptar à forma de seus sapatos.

    Dê passos menores de salto alto, apóie seu calcanhar primeiro para minimizar os danos aos pés;

    Evite usar sandálias abertas de salto alto por qualquer período de tempo, porque aumentam muito a tensão dos músculos. Uma tira ou rendas sobre o peito do pé vão permitir que os pés deslizem para frente;

    Ao final do dia, trate seus pés com carinho, e, depois do alongamento e auto-massagem você pode fazer um banho de imersão para eles;

    Parece muita coisa a fazer?

    Vale a pena dedicar um pouco de atenção que não consumirá mais do que 20 minutos no total em comparação com as longas horas de tortura impostas a seus pés, concorda?

    Por último, se você sofre a dor nos pés ou tornozelos, consulte um médico. Os problemas dos pés são mais difíceis de tratar uma vez que eles se tornem crônicos e podem comprometer todo o corpo


                http://corpoemfoco.com.br

    terça-feira, 10 de maio de 2011

    Como joelhos funcionam e como evitar lesão e dor!

    Por: José Rubens D’Elia


    Ao correr, engordar ou exagerar na carga ou no impacto sobre os joelhos, a maior articulação do corpo humano costuma sentir as consequências.



    É importante treinar o equilíbrio para prevenir lesões, principalmente em idosos, que também são mais suscetíveis à artrite, doença que leva à destruição das articulações e tem influência genética. Entre jovens, os problemas mais comuns são tendinites, bursites e síndrome patelofemoral. Desvios, genovalgo (joelhos para dentro - em y) e genovaro (joelhos para fora - cowboy) também ocorrem com frequência.

    O salto alto demais pode ser ruim, pois altera o centro de gravidade do corpo, jogando-o para a frente, e obriga a mulher a colocar o joelho para dentro, o que pode comprometer a articulação. Mas, da mesma forma, chinelos e sapatos planos podem ser prejudiciais, porque recebem todo o impacto do solo e predispõem a cartilagem ao desgaste.

    Por isso, o tênis é o calçado mais indicado pelos especialistas. Saltos mais baixos ou do tipo anabela também são opções para o público feminino



    O diagnóstico de lesões é feito pelo histórico do paciente, por exames físicos e testes como agachar e levantar. Exercícios de reabilitação normalmente envolvem bolas, aparelhos de ginástica e outras atividades.

    Publicado em: 15/04/2011
    Fonte: G1 (Bem Estar)

    domingo, 8 de maio de 2011

    Os riscos do açúcar para obesidade e diabetes!



    O açúcar não está presente apenas em doces, frutas e refrigerantes, mas também em alimentos salgados como pães e massas, que se transformam em glicose dentro do organismo. A diferença entre eles está na velocidade com que caem na corrente sanguínea: o doce leva poucos segundos, enquanto as moléculas dos demais podem demorar até uma hora para serem quebradas.

    Em excesso, o açúcar pode provocar obesidade e diabetes tipo 2, doenças que são facilmente evitadas, com atividade física e reeducação alimentar.

    Apesar dos riscos, o açúcar não é apenas um vilão: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ele responda por 10% do consumo total de calorias diárias. Em colheres de sopa, a quantidade não deve passar de quatro, o equivalente a 50 gramas.

    Por dia, um indivíduo deve ingerir de 45% a 65% das calorias sob a forma de fibras e carboidratos complexos (batata, arroz, pães e massas), 10% de açúcares livres (de mesa, refrigerantes, sucos artificiais, doces e guloseimas), de 10% a 15% de proteínas (leites, derivados e carnes) e de 15% a 30% de gorduras. Produtos diet não contêm açúcar, enquanto os light apresentam quantidade reduzida de calorias e podem ser adoçados.



    O caminho do açúcar:


    Quando os alimentos passam pelo intestino, onde a glicose é absorvida, há um sinal para que o pâncreas produza insulina, hormônio responsável por fazer com que a glicose que chegou à corrente sanguínea entre nas células e nos músculos do corpo, que usam o açúcar como fonte de energia.

    Quem ingere mais glicose que o necessário acaba armazenando a substância sob a forma de gordura. A insulina também faz com que a glicose entre nas células do tecido adiposo, por isso o excesso desse hormônio acarreta ganho de peso.

    Já na falta da insulina, que ocorre em diabéticos, a glicose não consegue entrar nas células e fica na corrente sanguínea, não se transformando em energia. Isso causa a hiperglicemia, ou seja, alto índice de açúcar no sangue - que também pode estar presente na urina.


    Tipos de diabetes:


    Na diabetes tipo 1, um processo imunológico destrói as células que fabricam insulina. Em geral, a doença se manifesta na infância ou adolescência, e o pacientes precisam tomar insulina pelo resto da vida.

    O tipo 2 é o mais comum. Na maioria das vezes, está associado à obesidade ou à presença de gordura abdominal. Costuma aparecer depois dos 45 anos de idade. O tratamento é feito com remédios, exercícios físicos e dieta.

    A diabetes pode ser, ainda, gestacional, que aparece apenas durante a gravidez, ou decorrente do uso de medicamentos e pancreatite crônica.

    Quem é diabético deve contar todos os dias a quantidade de açúcar que consome. Também precisa controlar o açúcar contido nas frutas.

    Os sinais de alerta para a doença são: ter o problema na família, excesso de peso, vida sedentária, mais de 40 anos, pressão, colesterol e triglicérides altos, usar corticoides e anticoncepcionais e, no caso das mulheres, ter tido filhos com mais de 4 quilos, abortos ou natimortos.

    Entre os sintomas da diabetes tipo 2, estão infecções frequentes, alterações visuais, dificuldade de cicatrização de feridas, formigamento dos pés e furúnculos.


    Açúcar refinado e adoçante:


    O açúcar refinado não é necessário na alimentação porque existem outras fontes mais saudáveis. O ideal é optar pelos tipos mascavo ou orgânico. Apesar disso, eles custam mais caro e adoçam menos.

    Já o adoçante é uma substância doce, mas o corpo não ganha energia com esse produto químico. Alguns estudos revelam efeitos colaterais do excesso de adoçante, como retenção de líquido e obesidade.