sábado, 14 de maio de 2011

Síndrome do Bumbum Sarado (Síndrome de Piriforme)


Por: Bianca Trentine

As lesões esportivas são comuns e específicas de acordo com a natureza do esporte. A corrida por exemplo, o toque repetido do pé no solo transfere as forças mecânicas dos membros inferiores até a coluna. E se algo não está harmônico neste “caminho das forças”, as lesões podem aparecer com mais freqüência.

Quando falamos em lesões pensamos logo nas que são causadas pelo esporte ou atividade física. Porém, também existem lesões que são decorrentes de nossas atividades do dia-a-dia ou pela junção de maus hábitos posturais e esporte.

É o caso da Síndrome do Piriforme, que é uma patologia que pode acontecer por associação de fatores presentes no nosso dia-a-dia e também na prática esportiva.

Mulheres que exercitam excessivamente os glúteos em busca de um bumbum perfeito estão mais sujeitas a apresentar esta patologia que é “pouco comum, mas que tem uma incidência aumentada em mulheres entre 20 e 50 anos que malham com muita intensidade os músculos da região das nádegas e coxas”, segundo o Dr. Ricon Jr, diretor do Centro Ortopédico de Ipanema, especialista em quadril.

A Síndrome do Piriforme é o resultado do encarceramento do nervo isquiático, ou ciático, como é mais conhecido, pelo músculo piriforme, na sua saída da pelve para a região glútea. “O piriforme é um músculo em forma de pêra que se situa na região do quadril. Quando cresce muito, ou seja, é hipertrofiado, o piriforme comprime e inflama o nervo ciático, o que provoca muitas dores e complicações. Em academias, deve haver muitas mulheres que sofrem da doença sem saber. Elas só se dão conta quando o problema se agrava”, diz Ricon.


Para conquistar um contorno bem-acabado, muitas brasileiras fazem o possível, e mais um pouco: fortunas em cremes milagrosos, dolorosas injeções, massagens das mais intermináveis opções – sem contar as toneladas de peso erguidas nas academias numa coleção de posições um tanto quanto “desconfortáveis” e para algumas mulheres até constrangedoras. Mesmo orientando e chamando a atenção sobre o exagero nos exercícios, sempre tem aluna que desobedece, principalmente se tratando do glúteos.


Na verdade, livrar-se do acúmulo de gordura no bumbum não é nada fácil, e empiná-lo de uma hora para outra é impossível. Essa parte do corpo é a segunda maior vítima da lei da gravidade na anatomia feminina, precedida apenas pelos seios – sendo que esses levam a vantagem de poder ser corrigidos por sutiãs turbinados ou, mais drasticamente, pela cirurgia plástica. Já o implante de silicone nos glúteos, recurso mais comum, tem um pós-operatório dolorido e não funciona bem na maioria das pacientes. Restam a musculação e a ginástica localizada, ambas exercitadas em posições não naturais, justamente porque têm de trabalhar uma musculatura pouco solicitada no dia-a-dia. Se bem-feitas, funcionam, mas o risco de lesões é alto.


Mas não vá achando que é uma patologia só de mulheres que treinam o glúteos pesado, veja outras situações que podem causar a Síndrome do Piriforme.

  1. Muitos ciclistas (isso inclui os praticantes de spinning), triatletas e corredores apresentam esse tipo de patologia porque o Músculo Piriforme encontra-se encurtado levando a uma compressão do nervo. A posição na bicicleta e o tipo de corrida (ex.: treinos de subida) são alguns dos fatores.

  1. Também pode ser causada por trauma no local (cair sentado, por exemplo), hiperlordose (nas grávidas principalmente), e hábitos posturais não saudáveis (como ficar muito tempo sentado e dormir em posição fetal). Manter a postura sentada por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa (como ao dirigir) diminui o aporte sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos a ele também) e provoca encurtamento muscular, a falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida fique ainda mais tensa e piore os sintomas.

  1. No caso de pronação excessiva, o membro inferior sofre uma rotação excessiva, o que sobrecarrega a tíbia, joelho, quadril e coluna. Por isso é importante a utilização de calçados adequados para o tipo de pisada.

  1. Quem anda e principalmente corre com a ponta do pé muito aberta, para fora (tipo dez para as duas) tem mais chances de inflamar o piriforme, pois fica o tempo todo estimulando o músculo na sua função, que é rodar a coxa para fora juntamente com o pé quando o joelho está esticado.

  1. O aumento rápido na intensidade ou duração dos treinos pode contribuir para o aparecimento da síndrome por sobrecarga do piriforme. Traumas diretos podem provocar edema na região do piriforme ou causar uma tensão e conseqüente compressão e irritação do nervo ciático.

  1. Um desequilíbrio muscular entre os rotadores internos e externos do quadril, como no caso de rotadores externos mais fortes que os internos, contribuem para encurtar o piriforme, além de desequilíbrios da pelve. Os distúrbios na biomecânica dos membros inferiores e coluna, incluindo distúrbios na marcha, vícios (maus hábitos) e alterações posturais também podem causar a síndrome.

A “Síndrome do Bumbum Sarado” ainda é muito mal diagnosticada e sua prevalência, de acordo com o ortopedista Ricon Jr., deve estar subestimada. “Muitas pessoas e mesmo médicos confundem a Síndrome do Piriforme com outros problemas do quadril”, afirma. O diagnóstico deve ser feito por intermédio de exames clínicos, associados, dependendo do caso, a exames complementares como ressonância magnética, ultra-sonografia, radiografia e eletroneuromiografia. A doença costuma ser confundida com bursite, lombalgia, tendinite dos flexores da coxa e ciatalgia.

Estudos americanos mostram que 2,5% das lesões relatadas por praticantes de esportes são na região dos quadris. Em atletas, o número pode subir para 9%. Algumas são leves e de fácil recuperação. Em outras, a cura pode demorar meses, como na síndrome do piriforme. Nas academias, recomenda-se não abusar das repetições e alongar os glúteos antes e depois das atividades.

Por mais atraente que seja a perspectiva de um bumbum em forma, exagerar na carga pode render semanas sem exercício algum.

Segundo Ricon, os sinais clínicos mais comuns da Síndrome são: dores nas nádegas próximas ao fêmur quando caminha e se interrompe a caminhada de repente; dores provocadas por movimentos simples como se levantar e se sentar; dores ao se esticarem as pernas na posição deitada; dores ao se praticar uma atividade física mais intensa; e atrofia glútea, dependendo da duração dos sintomas. “As dores podem aumentar até chegar ao ponto de incomodarem durante o sono, mesmo com a pessoa deitada, em repouso”.

Como tratar:

O tratamento da Síndrome do Piriforme inclui analgésicos, antiinflamatórios, injeção local de anestésicos e corticóides, injeção de botox, massagem transretal, acupuntura (que tem como principio aumentar as endorfinas fisiológicas do nosso corpo para que possamos tolerar um nível maior de dor), aparelhos como ultra-som e TENS para o alívio da dor e formigamento/dormência e para remover metabólitos e tecido cicatricial (evita fibrose), além de acelerar a resolução da lesão.

A aplicação de gelo deverá ser feita para diminuir a dor, pois o gelo tem efeito analgésico e antiinflamatório. Pode ser feito da seguinte forma: coloque várias pedras de gelo num saco plástico e amarre. Coloque este saco dentro de um tecido fino e úmido e coloque na região glútea, mantendo por 20 minutos. Repetir 3 vezes por dia e não tomar banho logo após a aplicação, para não interromper o efeito do gelo.

Os exercícios devem ser iniciados assim que houver algum alívio da dor, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente. Os alongamentos devem ser feitos no início de forma leve e os fortalecimentos devem ser introduzidos gradualmente.

Todos os músculos envolvidos, além do piriforme, devem ser alongados e fortalecidos para que funcionem em harmonia sem causar nenhum transtorno ao atleta no futuro.


Veja algumas dicas de prevenção

Pratique suas atividades com moderação, tudo em excesso vai te prejudicar de alguma forma. Seu corpo tem um limite e ele deve ser respeitado. Sobrecarga correta, recuperação correta, alimentação correta. Tudo sob controle, isso é o ideal para tudo e para todos.

  • Não exagere na carga de exercícios para os glúteos.

  • Alongue os glúteos freqüentemente.

  • Mulheres que não têm os glúteos e nádegas naturalmente desenvolvidas estão mais propensas, pois irão aumentar muito de volume a musculatura podendo levar à compressão do nervo ciático.

  • Nos exercícios com quatro apoios, contraia o abdômen e não force a coluna ao elevar a perna.

  • Ficar sentada o dia inteiro e malhar muito aumenta as chances de se desenvolver a Síndrome.

  • As próteses de silicone podem teoricamente facilitar o aparecimento da Síndrome, pois são colocadas por sob os glúteos.

  • Fique atenta caso sofra uma queda sentada sobre a nádega que deixe um hematoma na região glútea. Este deve ser muito bem cuidado para não deixar seqüelas, pois pode levar à Síndrome do Piriforme.

  • Procure um especialista em quadril em caso de dor que persista por mais de três semanas.


Publicado em: 20/04/2010
Fonte: www.corpoemfoco.com.br

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Os perigos vistos e sentidos em cima de um Salto Alto e algumas dicas para sua utilização!


O salto alto é um artigo indispensável no guarda-roupas feminino. É como uma regra escondida no reino da moda. A palavra chave é moda e não necessariamente a função. As mulheres suportam o desconforto (ou seja, a falta de função) para colher os benefícios da aparência (moda, por exemplo). Os efeitos nocivos dos saltos altos são constantemente verificados por cirurgiões ortopédicos e fisioterapeutas. O consenso geral é que existem perigos que estão associados ao uso de sapatos de salto alto. Felizmente, existem maneiras de evitar certos perigos e consequências advindos de sua utilização.

O salto alto teria sido criado durante o reinado de Luís XIV, que cuidava para que sua imagem pessoal refletisse poder em todos os detalhes. O salto alto foi criado para realçar as pernas do rei e deixá-las mais delgadas, o estilista da corte desenhou sapatos com uma elevação nos calcanhares. Estava inventado o salto alto!

Sem dúvida o salto alto tem suas vantagens em termos de moda. O próprio fato deles poderem aumentar a atratividade de uma mulher. O salto alto pode aparenta-la ter:

  • panturrilhas ("batatas" das pernas) mais firmes e pronunciadas
  • músculos das pernas mais definidos;
  • as pernas mais longas;
  • glúteos com aparência mais arredondada e mais pronunciados;
  • pés que pareçam menores;
  • mais altura;
  • andar sedutor;
  • postura mais ereta e esguia.

Quanto mais alto o salto, maior serão essas vantagens, mas ao mesmo tempo os riscos vão aumentar.


De acordo com os últimos estudos realizados pela ciência, a mulher que usa rotineiramente calçado de salto alto – como os da maioria das coleções mais desejadas – pode pagar um preço alto demais.

Uma das pesquisas a confirmar isso foi publicada no “Journal of Experimental Biology” e conduzida por Marco Narici, da Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, e Robert Csapo, da Universidade de Viena, na Áustria, o trabalho mostrou que a utilização por período prolongado de salto alto provoca modificações em músculos e tendões. Após analisarem as estruturas ósseas e musculares de 11 mulheres que relataram usar salto de pelo menos cinco centímetros durante dois anos ou mais, cinco dias da semana, os pesquisadores verificaram um encurtamento das fibras dos músculos da panturrilha. “Elas eram 13% menores do que as das mulheres que não usam esse tipo de sapato”. Além disso, eles observaram que os chamados tendões de Aquiles, que conectam o osso do calcanhar ao músculo da panturrilha, estavam maiores do que o normal.

Ao longo do tempo, os saltos muito altos mudam a conformação dos pés, porque alteram a maneira como as mulheres pisam. Ao se equilibrar, a concentração do peso fica restrita aos dedos. Há, ainda, dificuldade na flexão da planta do pé – o que prejudica a circulação e potencializa a tendência a varizes. Além disso, o salto altera a musculatura da perna, tornando os músculos mais curtos na parte posterior e mais longos na parte anterior. Muita gente já deve ter ouvido queixas de mulheres que afirmam que usam sempre salto alto e não sentem desconforto, mas quando trocam o calçado por modelos sem salto ou tênis, sentem dores na panturrilha (também chamada de batata da perna) e nos pés – sinais clássicos do encurtamento do tendão de Aquiles. Dores no joelho, no arco anterior dos pés, joanetes, calos, tendinites, unhas encravadas e danos à coluna, como lordose, são outros problemas ortopédicos causados pelo salto alto.

O sangue chega às pernas pelas artérias e volta pelas veias, como se fossem duas ruas de mão única, uma vai, outra vem. Esse fenômeno, chamado de retorno venoso, é fundamental na circulação. A origem da maioria das doenças venosas é a sobrecarga ou a desorganização deste circuito, por exemplo, permitindo que a veia funcione como uma rua de mão dupla ou que haja grande volume residual de sangue, comprometendo a função hemodinâmica do sistema venoso, ou seja, o fluxo sanguíneo nas veias.

O uso do salto alto, segundo dados da pesquisa do médico Wagner Tedeschi Filho, impede que o tornozelo trabalhe em seu ângulo ideal. Isso limita a articulação e leva a um encurtamento do curso de trabalho da panturrilha. “A panturrilha não contraindo de forma ideal acaba por bombear mal o sangue e há uma queda na fração de ejeção de sangue, ou seja, sobra mais sangue na perna, o chamado volume residual venoso. Esse resíduo pode provocar hipertensão venosa nos membros inferiores, dando origem a varizes e outras doenças venosas”, afirma Tedeschi Filho.


Os Perigos

Os Pés:

Quando uma mulher anda de salto, ela basicamente anda na ponta dos pés. A sola do pé, na região bem próxima dos dedos, vai experimentar uma intensa pressão, e esta pressão mais do que duplica com cada centímetro de altura do salto do sapato. As lesões no tornozelo são sempre uma ameaça e o grau das lesões pode se estender de entorses às fraturas. Calosidades e joanetes podem ser formados nos pés devido ao salto alto, especialmente se os sapatos estão apertados, desconfortáveis ou se utilizados por longos períodos.

Metatarsalgia é uma doença que afeta a sola do pé, logo após os dedos, onde todo o peso está concentrado quando uma mulher está de salto. Dedos em martelo (hammertoes) é uma condição onde os dedos são mantidos para baixo enrolados por causa do confinamento contínuo dos pés nos saltos altos. Os músculos dos pés tornam-se rígidos e incapazes de se esticar e endireitar quando fora dos sapatos.

As mulheres podem se queixar de dormência, dor aguda e ardor nos dedos e sola do pé quando se usam sapatos de salto alto - todos são sintomas do neuroma de Morton. Neuroma de Morton é a inflamação do tecido que envolve o nervo entre a 3 ª e 4 ª dedo.

Joelhos:

O salto alto causa muita pressão sobre os joelhos. A força que faz com que a pressão exercida seja maior do que as forças que os joelhos foram concebidos para receber, pode dar origem a uma condição chamada de osteoartrite (inflamação e desgaste das estruturas da articulação).

Postura:

Considere que, quando você se inclina para frente você leva todo o seu peso a ser projetado para a sola de seus pés, logo após os dedos. Você involuntariamente ajusta sua postura para compensar a mudança de seu centro de gravidade. Esta é uma ocorrência semelhante ao uso do salto alto, e vai ser pior, porque os pés estarão em uma posição fixa. Uma mulher vai ter que dobrar para trás mais a espinha na região lombar (extensão do tronco) para manter seu equilíbrio (hiperlordose). Os saltos altos são uma das causas de dor lombar e torácica!

As Pernas:

As panturrilhas (batatas das pernas) tendem a manter o estado contraído e encurtado devido aos pés estarem em saltos altos (flexão plantar). Os músculos da panturrilha podem se tornar difíceis ou praticamente impossíveis de corrigir sem intervenção médica e/ou fisioterápica. Uma condição similar pode ocorrer com o tendão de Aquiles, onde ele também pode reter o estado de encurtamento (encurtamento crônico, também conhecido como retração), mesmo quando não está se usando sapatos de salto.


 “O salto alto muda toda a biomecânica do passo”, explica Cibele Réssio, ortopedista da Universidade Federal de São Paulo. Com sapatos de solado plano, o peso do corpo fica distribuído de maneira mais uniforme pela ondulada extensão do pé. Com o salto alto, a pressão vai toda para o hálux, nome científico para o popular dedão. O resultado pode vir em graus diversos. Cansaço, dor e calos são os mais costumeiros e fáceis de enfrentar. Mas há até quem acabe sofrendo de deformidades ósseas, como joanete, ou de problemas na musculatura da coxa e na curvatura lombar. Sem falar nos riscos de queda, lesões dos ligamentos e luxações no tornozelo, provocados pelo equilíbrio precário do andar nas alturas.



Um estudo da Sociedade Americana de Ortopedia aponta o salto alto como o vilão responsável pelo gasto de cerca de US$ 3 bilhões anuais com cirurgias nos pés.

Os especialistas, porém, não pretendem fazer com que as mulheres desistam desses modelos – até porque certamente seria uma tarefa fadada ao fracasso. Por isso, preferem orientar. “Elas ficam bonitas e sentem-se bem calçando esses saltos”, afirmou Narici. “Mas podem tomar algumas precauções, como fazer alongamentos na região no final do dia”, aconselhou o pesquisador inglês. Também é possível ter cuidado na hora da escolha do modelo. “Saltos largos são mais indicados”, diz Antonio Egydio de Carvalho Jr., do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A importância deste membro que nos agüenta o dia inteiro:

Segundo o angiologista Luiz Negreiros, do Hospital das Clínicas, os pés têm importância fundamental na circulação de retorno corpórea, pois eles agem como uma esponja e levam o sangue para cima, de volta ao coração. “Os cuidados com os pés são vitais para o bom funcionamento das veias e artérias”, diz o angiologista. Os pés ainda são, de acordo com o especialista, mais propensos a artereopatias (traumatismos), pois ali, uma extremidade do corpo, se concentra um grande número de artérias e veias. “Pessoas diabéticas precisam de muito cuidado no trato dos pés, pois o nível de sensibilidade a cortes e ferimentos é muito baixo. Qualquer tipo de traumatismo no local pode levar a uma isquemia e até a uma necrose”, explica Negreiros.



O que é unanimidade nesse debate é que dificilmente as mulheres vão abrir mão desse acessório que é símbolo de feminilidade – e não importa o quanto elas saibam a respeito dos efeitos nocivos dos saltos altos para a saúde. O Dr. Fabio Ravaglia - Instituto Ortopedia & Saúde - afirma : "Diante dessa constatação, me resignei e reuni cinco dicas básicas para diminuir esses riscos e minimizar o impacto negativo.

  1. Alternar a altura do salto:
Se em um dia você usou um salto muito alto, no outro prefira modelos de até quatro centímetros de altura. A prática faz com que a musculatura fique em um estágio intermediário. Pode parecer uma dica de moda, mas o fato é que o mesmo modelo (ou salto) não deve ser usado durante muitos dias para preservar a musculatura e as articulações dos pés e pernas.

  1. Modelos alternativos:
Compre modelos com o bico e salto quadrado, que oferecem mais estabilidade e conforto. As plataformas – mais indicadas pelos ortopedistas – também são recomendadas porque distribuem melhor o peso por toda a extensão da sola.

  1. Sapatos baixos (tênis) para dirigir e andar a pé:
Crie um novo hábito. Mantenha no carro um modelo confortável e sem salto – tênis são bons exemplos – para dirigir. As mulheres que utilizam o transporte público, podem adotar o mesmo procedimento. Quando chegar ao trabalho troque pelo modelo de salto alto, como no filme "Uma secretária de futuro" - Working Girl de 1988, aonde a personagem vivida por Melanie Griffith.

  1. Massagear os pés:
A massagem nos pés, ao final do dia, ajuda a restabelecer a circulação e funciona como uma prevenção a cãibras e dores musculares. Após a massagem, coloque as pernas para cima por alguns minutos.

  1. Alongar a panturrillha:
Um dos efeitos de saltos muito altos é o processo de encurtamento da panturrilha. Para prevenir esse impacto negativo, transforme o alongamento da panturrilha em um hábito diário. Ao chegar em casa, no final do dia, utilize um degrau para realizar um exercício simples e que ajuda a manter uma boa circulação do sangue no local: coloque metade do pé sobre o degrau e force a outra metade para baixo, com suavidade, sem dor, 2 vezes cada pé, mantendo a posição por 20 segundos. Depois, faça movimentos circulares com os pés, 10 vezes para o lado esquerdo e direito.

Algumas dicas de presente para vocês:

Escolha o conforto, em vez de estilo ou moda. Isso deve ser regra de seleção de sapatos. Prefira os sapatos pela forma como eles se encaixam, não pelo tamanho marcado na caixa, tamanhos de calçados variam pelo tipo e estilo;

O tamanho do pé aumenta com a idade;

Escolha os sapatos pelo seu pé maior, a maioria das pessoas têm um pé maior que o outro;

Evite os de bico fino ou afilado;

Compre-os no  final do dia, quando seus pés estão mais "inchados";

Sempre experimente ambos os sapatos e dê alguns passos para se certificar que eles são confortáveis;

Quando calçá-los, mexa os dedos para garantir que podem mover-se;

Tenha em mente este princípio fundamental: o sapato deve se adaptar à forma do seu pé. Seus pés nunca devem se adaptar à forma de seus sapatos.

Dê passos menores de salto alto, apóie seu calcanhar primeiro para minimizar os danos aos pés;

Evite usar sandálias abertas de salto alto por qualquer período de tempo, porque aumentam muito a tensão dos músculos. Uma tira ou rendas sobre o peito do pé vão permitir que os pés deslizem para frente;

Ao final do dia, trate seus pés com carinho, e, depois do alongamento e auto-massagem você pode fazer um banho de imersão para eles;

Parece muita coisa a fazer?

Vale a pena dedicar um pouco de atenção que não consumirá mais do que 20 minutos no total em comparação com as longas horas de tortura impostas a seus pés, concorda?

Por último, se você sofre a dor nos pés ou tornozelos, consulte um médico. Os problemas dos pés são mais difíceis de tratar uma vez que eles se tornem crônicos e podem comprometer todo o corpo


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terça-feira, 10 de maio de 2011

Como joelhos funcionam e como evitar lesão e dor!

Por: José Rubens D’Elia


Ao correr, engordar ou exagerar na carga ou no impacto sobre os joelhos, a maior articulação do corpo humano costuma sentir as consequências.



É importante treinar o equilíbrio para prevenir lesões, principalmente em idosos, que também são mais suscetíveis à artrite, doença que leva à destruição das articulações e tem influência genética. Entre jovens, os problemas mais comuns são tendinites, bursites e síndrome patelofemoral. Desvios, genovalgo (joelhos para dentro - em y) e genovaro (joelhos para fora - cowboy) também ocorrem com frequência.

O salto alto demais pode ser ruim, pois altera o centro de gravidade do corpo, jogando-o para a frente, e obriga a mulher a colocar o joelho para dentro, o que pode comprometer a articulação. Mas, da mesma forma, chinelos e sapatos planos podem ser prejudiciais, porque recebem todo o impacto do solo e predispõem a cartilagem ao desgaste.

Por isso, o tênis é o calçado mais indicado pelos especialistas. Saltos mais baixos ou do tipo anabela também são opções para o público feminino



O diagnóstico de lesões é feito pelo histórico do paciente, por exames físicos e testes como agachar e levantar. Exercícios de reabilitação normalmente envolvem bolas, aparelhos de ginástica e outras atividades.

Publicado em: 15/04/2011
Fonte: G1 (Bem Estar)

domingo, 8 de maio de 2011

Os riscos do açúcar para obesidade e diabetes!



O açúcar não está presente apenas em doces, frutas e refrigerantes, mas também em alimentos salgados como pães e massas, que se transformam em glicose dentro do organismo. A diferença entre eles está na velocidade com que caem na corrente sanguínea: o doce leva poucos segundos, enquanto as moléculas dos demais podem demorar até uma hora para serem quebradas.

Em excesso, o açúcar pode provocar obesidade e diabetes tipo 2, doenças que são facilmente evitadas, com atividade física e reeducação alimentar.

Apesar dos riscos, o açúcar não é apenas um vilão: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ele responda por 10% do consumo total de calorias diárias. Em colheres de sopa, a quantidade não deve passar de quatro, o equivalente a 50 gramas.

Por dia, um indivíduo deve ingerir de 45% a 65% das calorias sob a forma de fibras e carboidratos complexos (batata, arroz, pães e massas), 10% de açúcares livres (de mesa, refrigerantes, sucos artificiais, doces e guloseimas), de 10% a 15% de proteínas (leites, derivados e carnes) e de 15% a 30% de gorduras. Produtos diet não contêm açúcar, enquanto os light apresentam quantidade reduzida de calorias e podem ser adoçados.



O caminho do açúcar:


Quando os alimentos passam pelo intestino, onde a glicose é absorvida, há um sinal para que o pâncreas produza insulina, hormônio responsável por fazer com que a glicose que chegou à corrente sanguínea entre nas células e nos músculos do corpo, que usam o açúcar como fonte de energia.

Quem ingere mais glicose que o necessário acaba armazenando a substância sob a forma de gordura. A insulina também faz com que a glicose entre nas células do tecido adiposo, por isso o excesso desse hormônio acarreta ganho de peso.

Já na falta da insulina, que ocorre em diabéticos, a glicose não consegue entrar nas células e fica na corrente sanguínea, não se transformando em energia. Isso causa a hiperglicemia, ou seja, alto índice de açúcar no sangue - que também pode estar presente na urina.


Tipos de diabetes:


Na diabetes tipo 1, um processo imunológico destrói as células que fabricam insulina. Em geral, a doença se manifesta na infância ou adolescência, e o pacientes precisam tomar insulina pelo resto da vida.

O tipo 2 é o mais comum. Na maioria das vezes, está associado à obesidade ou à presença de gordura abdominal. Costuma aparecer depois dos 45 anos de idade. O tratamento é feito com remédios, exercícios físicos e dieta.

A diabetes pode ser, ainda, gestacional, que aparece apenas durante a gravidez, ou decorrente do uso de medicamentos e pancreatite crônica.

Quem é diabético deve contar todos os dias a quantidade de açúcar que consome. Também precisa controlar o açúcar contido nas frutas.

Os sinais de alerta para a doença são: ter o problema na família, excesso de peso, vida sedentária, mais de 40 anos, pressão, colesterol e triglicérides altos, usar corticoides e anticoncepcionais e, no caso das mulheres, ter tido filhos com mais de 4 quilos, abortos ou natimortos.

Entre os sintomas da diabetes tipo 2, estão infecções frequentes, alterações visuais, dificuldade de cicatrização de feridas, formigamento dos pés e furúnculos.


Açúcar refinado e adoçante:


O açúcar refinado não é necessário na alimentação porque existem outras fontes mais saudáveis. O ideal é optar pelos tipos mascavo ou orgânico. Apesar disso, eles custam mais caro e adoçam menos.

Já o adoçante é uma substância doce, mas o corpo não ganha energia com esse produto químico. Alguns estudos revelam efeitos colaterais do excesso de adoçante, como retenção de líquido e obesidade.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Colesterol: o que ele tem a ver com infecções...e com câncer?

Sempre na mira dos médicos quando o assunto é o coração, agora a gordura se tornou alvo de pesquisas que a associam a outras doenças, como as infecciosas e o câncer!



Por: Adriana Toledo

Um exame de sangue cujo resultado causa inveja nas rodas de conversa é aquele que aponta níveis baixos do chamado colesterol ruim, o LDL. Isso porque, na boca do povo, ele já se tornou sinônimo de complicação para o sistema cardiovascular. A partir de agora, quem se preocupa com as defesas do organismo terá um motivo a mais para se gabar de suas taxas equilibradas. Um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, sugere que reduzir a gordura em circulação auxilia a barrar infecções. Os cientistas confirmaram esse elo depois de simular uma contaminação por vírus em culturas celulares e acompanhar a reação da imunidade. 

"Observamos que, diante da invasão pelo micro-organismo, o sistema imune libera substâncias que, por sua vez, emitem uma ordem para que haja diminuição dos índices de LDL", conta, em entrevista a SAÚDE!, o médico geneticista Peter Ghazal, que conduziu o experimento. À primeira vista, essa informação pode soar como uma boa notícia. Afinal, prestes a iniciar um combate, as células imunológicas nos prestariam um serviço extra ao nocautear o colesterol ruim. Só que a história é bem outra. Os pesquisadores desconfiam que, ao mantermos o LDL sob rédeas curtas, as defesas não precisariam queimar essa gordura e, assim, ficariam mais disponíveis para enfrentar os micróbios baderneiros. A pergunta que não quer calar é: por que elas têm de se meter nesse imbróglio gorduroso? 

A bióloga Marília Seelaender, do Grupo de Pesquisas sobre o Metabolismo do Câncer da Universidade de São Paulo, esclarece a teoria com mais detalhes. "Ao ser desafiado, o sistema imunológico fabrica uma substância, o interferon. Ele, por sua vez, inibe a produção de enzimas responsáveis pela síntese de colesterol", esclarece. Ou seja, as fábricas dessa partícula entram em marcha lenta. De acordo com Marília, uma molécula formada durante esse processo, chamapor da mevalonato, seria importante para que alguns vírus, como o da dengue, consigam se multiplicar a contento. Em outras palavras, interromper esse ciclo no início privaria o inimigo do substrato de que necessita para se replicar. 

Com base nesse resultado, Peter Ghazal e sua equipe se animam com a hipótese de que as estatinas — as principais drogas utilizadas para controle do colesterol — possam ser uma alternativa ou um reforço aos medicamentos contra infecções no futuro. "As estatinas bloqueiam justamente a via do mevalonato", concorda Marília. "Mas investigamos, também, outras maneiras de interromper esse mecanismo", anuncia Ghazal. Na opinião do cardiologista Raul Dias dos Santos, diretor da Unidade de Lípides do Instituto do Coração, em São Paulo, toda a linha de pesquisa faz bastante sentido. "Há evidências de que pacientes tratados com estatinas apresentam menor risco de morrer diante de uma septicemia, infecção generalizada grave", conta.

Fonte: saude.abril.com.br

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eles podem mais do que se imagina!

Pesquisas recentes sugerem que mesmo na infância é possível fazer exercícios de força, antes desaconselhados pelos médicos. Dos bebês aos adolescentes, o que é melhor para cada idade.
Por: Francine Lima

Diz o senso comum que as crianças que exigem demais dos músculos ficam baixinhas, como as ginastas olímpicas, mas isso não é bem assim. Uma revisão científica recém-publicada pela revista americana Pediatrics mostrou que exercícios de força para crianças e adolescentes são benéficos e seguros – desde que sejam respeitadas as capacidades e limitações da idade. Estudos anteriores sugeriram que antes da maturação sexual não havia sentido em fazer exercícios de força, uma vez que a criança não teria produção suficiente de hormônios para impulsionar o crescimento dos músculos. Isso é parcialmente verdade. Por mais que se exercitem, crianças menores não ficam musculosas. Mas os pesquisadores já perceberam, também, que exercícios com pesos leves promovem ganho de força bem antes da puberdade. E não são prejudiciais. “Os riscos associados ao treino de força não são maiores que em outros esportes”, diz o pesquisador Avery Faigenbaum, professor de ciência do exercício em Nova Jersey. “A chave para um treino seguro é que haja supervisão qualificada, ambiente adequado e instruções de acordo com a idade.”

Antes disso, porém, cabe a pergunta: faz bem para a criança ficar mais forte? “Faz muito bem para a postura”, diz Lauri Blair, treinador de levantamento de peso do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Blair, que já formou vários atletas mirins na modalidade, diz que o levantamento de peso trabalha força, potência, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora. E indica esse tipo de exercício para meninos e meninas. “Os movimentos são simétricos e não provocam torções no tronco, como outros esportes que as crianças praticam”, diz. Um de seus alunos, Tauan Carlos Leão Silva, de apenas 10 anos de idade e 30 quilos, parece ter nascido para levantar pesos. Em apenas dois meses de treinos diários, exibe uma técnica admirável para tirar do chão uma barra com anilhas de madeira com 20 quilos e erguê-la acima da cabeça. Diz que quer ser campeão como o pai, atleta da modalidade.

A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) recomenda que as crianças façam atividades físicas diariamente. Exercícios ajudam a prevenir obesidade e doenças cardiovasculares na vida adulta. Mesmo quando doentes, as crianças não devem ficar paradas. “São raras as contraindicações absolutas ao exercício”, diz um documento da SBME. Na adolescência, as atividades intensas que envolvam impacto são importantes para aumentar a massa óssea e reduzir o risco de osteoporose mais tarde. Ficar só na natação, portanto, não é uma decisão acertada, pois na água não há impacto. Mas o ideal é se exercitar sem exageros. Transformar a criança em atleta antes dos 10 anos é quase sempre um equívoco. “Uma rotina exaustiva de treinos dificilmente faz a criança feliz”, diz Ana Célia Osso, coordenadora do Centro de Aprendizagem Desportivo do Clube Pinheiros. Além disso, antes da puberdade o corpo ainda não manifesta seu potencial real. “As características genéticas que favorecem determinadas habilidades só se manifestam depois da maturação sexual”, afirma o fisiologista Paulo Zogaib.

Que atividade física as crianças deveriam praticar então? Se possível, todas, dizem os especialistas. Mas sem se especializar em nenhuma. “É importante que a criança crie memória motora”, diz Zogaib. Ela deve experimentar movimentos variados e adquirir habilidades diversas. A melhor maneira de conseguir isso é fazendo o que elas mais sabem: brincar.



Caminhar, correr, pular, lançar, chutar, esquivar-se, cair e se levantar, puxar e empurrar são movimentos naturais da criança – e extremamente importantes para seu desenvolvimento. Na Boobambu, uma academia infantil em Brasília, crianças de 6 semanas a 8 anos, separadas por faixa etária, brincam de exercitar o corpo. Clara Patriota, de 1 ano e 1 mês, faz aulas de ginástica para bebês desde os 7 meses, com a mãe, Gabryelle. Rampas, túneis e almofadas de formatos variados servem de obstáculos que as crianças transpõem. “Desde que ela estava na barriga eu a estimulo”, diz Gabryelle, psicoterapeuta musical. “Mas eu não poderia estimulá-la da mesma forma em casa. Aqui, o desenvolvimento dela é gritante.”




Publicado em: 5/02/2011– atualizado em 14/03/2011
Fonte: Epoca.com

Destreinamento na musculação!


Por: Carlos André Barros de Souza


O treinamento físico implica em estresse fisiológico, que provoca adaptações funcionais no músculo para resistir a tal estresse. Por outro lado, o processo inverso, ou seja, o destreinamento gera a reversão total ou parcial das adaptações funcionais alcançadas em treinamento. 

Os motivos para o destreinamento podem ser causados por interrupção espontânea, ou presença de lesão, passível ou não de imobilização.

Com essas ocorrências haverá reduções nas adaptações funcionais e morfológicas.

Adaptações funcionais são àquelas ocorridas no desempenho entre as quais podemos citar o aumento da força muscular e suas diversas manifestações (força máxima, força de resistência e força rápida ou explosiva) como sendo as principais alterações funcionais.

As adaptações morfológicas referem-se àquelas ocorridas em nível estrutural. A principal alteração morfológica observada em decorrência da pratica da musculação é a hipertrofia muscular, ou seja, o aumento da secção transversa das fibras musculares.

A hipertrofia pode ocorrer de duas maneiras: 

Hipertrofia sarcoplasmática ou aguda é enfatizado quando o treino conta com alto número de repetições com baixa carga e intervalos pequenos de descanso entre as séries (sobrecarga metabólica). 

Hipertrofia miofibrilar ou crônica ocorre quando há freqüência de treino regular, priorizando o componente tensional de sobrecarga (cargas mais elevadas, menor número de repetições e maior tempo de descanso). 

Outros prejuízos causados pelo destreinamento que podemos observar é a redução da densidade mineral óssea (DMO) adquirida com um programa de treinamento. 

Em muitas situações em que ocorre ausência de carga ou destreinamento (intervalos regulares, repouso ou inatividade), o treinamento de força pode ser um importante interventor para melhorar o estado fisiológico e a proteção contra a perda mineral óssea. 

Estudos mostram que a hipertrofia miofibrilar ou crônica, pode resistir mais a períodos de destreinamento, quando comparados a hipertrofia sarcoplasmática ou aguda. 

Portanto, para quem for se ausentar dos treinos procure enfatizar o componente tensional de sobrecarga (cargas mais elevadas, utilizar menor numero de repetições e intervalos de descanso maiores).



Referências:

TEIXEIRA, C.V.L.S.; GUEDES JR. D.P. Musculação: perguntas e respostas: as 50 duvidas mais freqüentes nas academias. São Paulo: Phorte Editora, 2010.

KRAEMER, S.J.; FLECK, S.J. Fundamentos do Treinamento de Força. 3ª Ed. Editora Artmed, 2006.

BRENTANO, M. A.; SANTI, T. Características funcionais e fisiológicas do destreinamento: força e morfologia muscular. Revista brasileira de fisiologia do exercício. vol. 8, n. 3, p. 152, Atlântica editora. 2009.

domingo, 1 de maio de 2011

Escolha o exercício que te faz feliz para conquistar resultado!


O que te faria sair de casa antes das 6 horas da manhã, vestindo roupas leves, para percorrer 10 km à pé em cerca de 60 minutos? E entrar numa piscina, estando só de maiô ou sunga, numa manhã um pouco mais fria, sabendo que está, vamos dizer, um pouquinho acima do peso, para fazer uma aula de hidroginástica? Ou ainda, encarar um trânsito terrível após passar o dia inteirinho resolvendo pepinos na sua empresa, para levantar pesos na academia?

Por incrível que pareça, a maioria de nós profissionais de Educação Física parece acreditar que todo mundo deveria querer, do fundo de seu coração, passar por todas estas dificuldades sorrindo, na busca de melhorias na saúde, de um corpo mais bem delineado, de qualidade de vida, bem-estar e todas as demais maravilhas prometidas pela prática regular de atividades físicas.

Ledo engano: as estáticas dão conta de que o tempo médio de permanência de clientes matriculados em academias de fitness em São Paulo é de 4 meses (ACADE SYSTEMS, 2008), mesmo levando em consideração que a maioria das academias hoje trabalha com planos anuais ou semestrais! E esta constatação não tem nada haver com a qualidade de atendimento, com o nível técnico dos professores ou com as instalações e equipamentos das academias.

Os pesquisadores Marcos Santos Ferreira, do Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde da UERJ, e Alberto Lopes Najar, da Escola Nacional de Saúde Pública, reconhecem que há um equívoco quando se avalia que houve um aumento no número de praticantes de atividades físicas no país.

Segundo eles, seria necessário um aumento no número de variáveis utilizado pelos programas pró-atividades físicas na avaliação de sua eficácia, pois acreditam que os números crescentes apresentados estão muito relacionados com o aumento na oferta de locais públicos para a prática destas atividades.

Deste modo, considerando que a adesão à prática de atividades físicas regulares é um fenômeno complexo, os autores alertam para o caráter efêmero desta adesão, ou seja, há um aumento da prática quando há campanhas de estímulo, mas a adesão volta aos níveis iniciais quando cessam as campanhas (FERREIRA e NAJAR, 2005).

Em outra pesquisa (TAHARA, SCHWARTZ e SILVA, 2003), os resultados demonstraram que a maioria dos sujeitos entrevistados aponta a questão estética e a melhoria da qualidade de vida como sendo os principais fatores que os levam a manter-se em atividade. Ao mesmo tempo, declaram que o grande vilão responsável pela desistência da prática de atividades físicas é a falta de tempo.

As autoras relatam ainda como fator importante da adesão ao estilo de vida ativa as influências sociais da família e dos amigos, além de constatarem que adultos aderem mais facilmente à prática de atividades físicas quando estas estão relacionadas com divertimento, a sentir-se bem e à redução do estresse.

E olha só que interessante as conclusões a que chegaram as autoras de outro estudo (DUARTE, SANTOS e GONÇALVES, 2002), realizado em Pelotas (RS), com pessoas de 40 a 60 anos, metade delas freqüentadoras de academias e a outra metade composta por praticantes de caminhada em vias públicas: os principais motivos que conduzem estas pessoas a participarem de atividades físicas são o aumento da expectativa de vida e a busca por um padrão de vida ativo, atribuindo à saúde do físico e da mente, ao bem-estar e à disposição a motivação para a continuidade.

Daí o motivo da minha pergunta: o que te faz feliz? A questão é que eu acredito que o único modo de você aderir e se manter praticando atividades físicas e fazendo algo que você gosta, fazendo algo que te faça feliz!

Você gosta de caminhar? Ótimo, então vamos caminhar. Você gosta de correr? Vamos lá! Prefere exercícios localizados? Excelente! Ah, é na água que você se sente melhor? Então vamos mergulhar. Ou seja, não sou eu quem tem que dizer o que é melhor para você. É você mesmo que irá decidir.

Perceberam que tanto os motivos para a adesão quanto para a continuidade em programas de atividades físicas estão geralmente relacionados a questões qualitativas e não quantitativas. E que estas questões têm um caráter intangível, ou seja, não podem ser vistas tocadas ou mesmo sentidas antes que elas aconteçam.

O papel do profissional de Educação Física, neste caso, é de oferecer opções dentre a ampla gama de alternativas possíveis e adequar a escolha do aluno aos seus objetivos. Existem variadas formas de treinamento aeróbio, diversas estratégias de desenvolvimento de força, várias maneiras de melhorar a resistência muscular, uma extensa variedade de estratégias para redução de peso, e o profissional de Educação Física deve estar apto a planejar o caminho adequado método para alcançar estes objetivos.

Porém, há apenas uma pessoa que pode criar motivação para aderir e se manter treinando e esta pessoa é você. Converse com o professor de sua academia, fale para ele o que você gosta e o que você não gosta de fazer. Junto como ele, procure identificar quais as estratégias que te motivam mais para se manter em atividade. E pratique sua atividade física feliz.

Exercícios na gravidez!!


Quando falamos em atividade física e saúde Feminina, discute-se bastante a prática de exercícios durante a gestação. Pois a gestante precisa de cuidados especiais durante a sua gravidez e isto se aplica, também, aos exercícios físicos. Mas será que é seguro a prática de exercícios físicos justamente durante este período especial para a mulher?
Durante a gestação, o exercício traz benefícios para a mãe, para o desenvolvimento fetal, e para o suprimento de leite na amamentação. Alguns médicos mencionam a ocorrência bem menor de complicações pós-parto nas mulheres que seguiram um programa regular de exercício durante a gestação. O trabalho de parto fica muito facilitado nas mulheres que sempre fizeram algum tipo regular de esporte ou exercício, principalmente da musculatura abdominal. Entende-se que a gestação é uma condição que envolve cuidados especiais na prescrição de exercícios. Por esta razão, a gestante deve fazer visitas regulares ao seu obstetra e buscar orientação de profissionais especializados em atividade física.
Exercícios recomendados:
São recomendados exercícios aeróbicos como a caminhada (evitar subidas e descidas muito íngremes); Ciclismo (ergométrica) são ótimos para melhorar a circulação sangüínea e contribui para a diminuição de riscos de problemas cardíacos.
A prática da musculação é bem recomendada para a gestante, o treinamento com pesos pode favorecer o fortalecimento muscular fazendo com que a gestante suporte melhor seu peso, melhore o centro de gravidade, tenha facilidade em realizar tarefas do dia a dia, melhore a postura e principalmente favorece a diminuição de lombalgias.
O Pilates é uma modalidade de exercícios de baixo impacto que são realizados em aparelhos. O método trabalha força, concentração, equilíbrio, reequilíbrio muscular e realinhamento corporal e emocional excelente para gestantes.
Atividades desfavoráveis
Qualquer exercício físico de alto impacto, ou esportes de contato físico e risco de trauma devem ser desaconselhados.
Conclusão
Sem sombra de dúvidas o exercício físico bem orientado traz vários benefícios tanto para a saúde materna, quanto para o feto. Ficam claro os benefícios como, o bem estar, a gestante engorda menos, não sofre tanto com dores nas costas e nas pernas graças ao fortalecimento da musculatura, tem menos risco de desenvolver diabete gestacional e hipertensão. Isso sem contar a melhora no condicionamento e no alongamento, o que facilita por tabela o trabalho de parto.
Antes de qualquer coisa, cada gestante é uma gestante e a última palavra é sempre do obstetra. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer. Mas, com o sinal verde, a gestante ganha, e muito, se largar o sedentarismo.

Musculação na terceira idade previne dor e faz bem, afirmam cientistas!

Dados são do estudo americano realizado com 97 pessoas acima de 60 anos. Idosos que se exercitam sentem menos dores e aumentam resistência.



Por: Luis Fernando Correia

No momento em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a nova expectativa de vida dos brasileiros, que já passa dos 70 anos, um estudo norte-americano mostra que a musculação não só é permitida como pode ser benéfica para os idosos.

Pesquisa da Universidade de Washington e publicada na edição de dezembro da revista "Journal of Sports Science and Medicine" comprova os efeitos da musculação sobre a dor crônica, problema que comumente afeta os idosos.

Com o avançar da idade aumenta a incidência de problemas que causam dor, especialmente os ortopédicos, como artroses e doença degenerativas dos ossos. Estatísticas já publicadas revelam que mais da metade das pessoas acima de 60 anos sofrem algum tipo de dor persistente.

Além da dor, os idosos apresentam perda da força muscular, que diminui a mobilidade e prejudica o equilíbrio, podendo facilitar a ocorrência de quedas.

Os especialistas recrutaram 97 pessoas, com mais de 60 anos, para participarem do estudo. Os participantes foram divididos em dois grupos: um foi submetido a um programa de treinamento de força (musculação) de oito semanas, e o outro não praticou das atividades para servir de controle. Antes de começarem a fazer exercícios, os participantes deviam ser liberados por seus médicos.

Foram pelo menos três sessões semanais de treino com exercícios em aparelhos para as diversas regiões do corpo. As aulas eram em grupos para aumentar a motivação e a aderência ao projeto. Para cada grupo de quatro alunos existia um treinador.

As dores de que eventualmente os participantes reclamavam foram registradas no início da pesquisa e após as oito semanas de treinamento. Para que fosse obtido um resultado confiável foi utilizado um questionário padronizado para avaliação da dor, chamado de Questionário McGill.

O grupo que treinou apresentou um aumento da força significativo do ponto de vista estatístico em todos os exercícios. O quadril e os tornozelos foram as regiões mais beneficiadas pelo treinamento. Nenhum participante apresentou lesões ou problemas relacionados ao programa.

O questionário de dor aplicado ao final das oito semanas de pesquisa mostrou que o grupo de malhadores sentia menos dor como um todo, e classificava as dores como menos intensas do que a das pessoas que não participaram do treinamento.

O grupo controle que não treinou se queixava mais do que no início do estudo.

Portanto, já que está provado que a idade não deve ser uma limitação para a prática de exercícios, que tal procurar seu médico e começar a se mexer?

Perder peso não é sinônimo de saúde!


Por: Antônio Herbert Lancha Jr.

A maior preocupação dos pesquisadores quando se fala em perda de gordura corporal atualmente é com a busca desesperada — e muitas vezes inconseqüente — pelo corpo perfeito, estar magro ou magra. Há alguns anos, nos Estados Unidos, uma pesquisa publicada na revista científica Cel afirmava ter encontrado a pílula do exercício. Ao administrar uma droga para ratos, os animais emagreceram e mostraram alguma melhora em parâmetros como colesterol, sem fazer exercícios físicos e sem alterar a dieta. Esta droga surgiu então como a “pílula do exercício”. Quem “não tem tempo” não precisaria mudar os hábitos de vida, bastava tomar esse medicamento.

Outros pesquisadores passaram a estudar essa droga, avaliando a possibilidade de ela vir a ser um medicamento comercializado em farmácias. No entanto, a lista de benefícios proveniente da prática regular de atividade física jamais poderá ser alcançada por um medicamento. Não podemos esquecer que exercício não traz apenas benefícios físicos e no perfil bioquímico do sangue. É responsável também por melhoras nos âmbitos social e emocional. Obviamente que a tal droga não só não foi aprovada pelo FDA (órgão que controla comercialização de medicamentos nos EUA), como tem sido alvo de severas críticas no meio da medicina esportiva. De fato, o que faz com que esse tipo de estudo e de proposta surja é a busca incessante por baixa quantidade de gordura corporal, curvas perfeitas, músculos definidos... Aspectos que vão muito além da busca pela saúde e pela qualidade de vida.

Em outra mesa de discussões, diversos dados foram apresentados questionando a abordagem que vem sendo dada ao tratamento da obesidade e na busca pela perda de peso — que, muitas vezes, não significa perda de gordura corporal, mas sim de massa magra. Há décadas, tenta-se emagrecer os obesos e as pessoas com sobrepeso para que eles fiquem saudáveis, e pelo tanto que a obesidade reduziu (absolutamente não reduziu...) talvez esteja na hora de mudar essa abordagem. Em vez de tentar emagrecer essas pessoas, poderíamos deixá-las saudáveis mesmo acima do peso.

Nesse momento, vários estudos foram apresentados mostrando que indivíduos obesos ou acima do peso que fazem atividade física regularmente, que comem frutas, verduras, cereais integrais, possuem o mesmo risco de morte por doenças cardiovasculares que indivíduos magros saudáveis. Em alguns casos, o risco de problemas com hipertensão arterial e hipercolesterolemia foi mais alto em indivíduos magros, mas sedentários, sem hábitos saudáveis, do que em pessoas com sobrepeso e ativas. E um dos dados apresentados mais interessantes mostrava vários estudos que comprovaram que variações de peso corporal (o famoso “engorda-emagrece”) são mais prejudiciais para a saúde do que manter-se em sobrepeso ou obeso.

As variações de peso levam a variação de pressão arterial, glicemia, insulinemia, colesterol — todos os parâmetros variam juntamente com a perda e o ganho de peso corporal e está sendo demonstrado que essas variações não são saudáveis. Alguns estudos mostraram que várias tentativas de emagrecer levam a maiores concentrações de grelina, hormônio responsável por induzir a fome. Talvez por isso o “efeito sanfona” ocorra, ocasionando ganho de peso maior do que o total que havia sido perdido. O índice de mortalidade encontrado foi proporcional ao número de tentativas de emagrecer: quanto mais tentativas as pessoas fizeram de emagrecer, maior foi o risco de morte por doenças cardiovasculares.

O que devemos concluir de tudo isso: novamente, não procurar por soluções imediatas. Elas podem ser mais prejudiciais do que permanecer da maneira que estamos, mesmo que acima do peso. Mudar hábitos, introduzir rotinas mais saudáveis, atividade física regular, consumir alimentos mais saudáveis trará benefícios maiores para a saúde do que perder peso de forma rápida e insustentável.

Publicada em: Agosto de 2010
Fonte: Revista

Consumo exagerado de suplementos alimentares provoca intoxicação!


Por: Juliana Vines

A busca por melhorar o desempenho pode trazer mais prejuízos do que vantagens. É o que acontece quando o uso de suplementos é feito sem prescrição médica e a ingestão diária dos nutrientes passa dos limites indicados.

"O consumo excessivo de nutrientes me preocupa tanto quanto a contaminação. Esses casos são muito comuns", afirma a nutricionista Suzana Bonumá.

Um dos problemas mais freqüentes é a ingestão exagerada de proteínas e aminoácidos, presentes em fórmulas que prometem aumento da força e maior definição dos músculos.

"Há um limite máximo de consumo diário. Falamos em um grama por quilo de peso, para pessoas que não fazem exercício físico nenhum, 1,6 grama por quilo de peso para aquelas fisicamente ativas e no máximo 1,8 grama por quilo de peso para atletas de alto rendimento", diz o educador físico Jocelito Martins.

Mais do que isso, a proteína deixa de ser benéfica e causa aumento de peso e sobrecarga hepática.
O excesso de vitaminas causa a chamada hipervitaminose. É quando a ingestão exagerada de nutrientes passa a ser tóxica ao organismo.

"Atletas não gastam mais vitaminas do que pessoas sedentárias. Os polivitamínicos devem servir apenas para complementar falha na alimentação, como para qualquer um”, afirma o médico Turíbio Leite de Barros.

Os efeitos da hipervitaminose são diferentes para cada tipo de nutriente.

"Uma das conseqüências é o aparecimento de feridas pelo corpo", afirma Martins.

A ingestão de compostos hipercalóricos por pessoas que não têm gasto energético acima da média resulta em ganho de peso. Barros alerta para o fato de que muitos suplementos hipercalóricos disponíveis no mercado não são reconhecidos como tal.
É o caso de fórmulas para enriquecer o leite, usadas para complementar a alimentação de crianças.
Outro problema, segundo Katiuce Borges, nutricionista especialista em fisiologia do exercício, é a ingestão excessiva de antioxidantes para combater o chamado estresse oxidativo, um dos causadores do envelhecimento precoce.
"Atletas têm um nível de estresse oxidativo maior. Mas o consumo exagerado causa o efeito inverso: aumenta a quantidade de radicais livres."

Fonte: Folha.com
Publicado em: 09/09/2010